domingo, 20 de fevereiro de 2011

17 de fevereiro, os nove anos de Átila


A estrela cadente passou. O pedido foi feito. E tá decidido, nove é seu número favorito!
Fizemos , na véspera, esse bolo maravilhoso de cenoura, chocolate e castanha do pará pra matar um pouco a saudade do norte. Ah, e nossa vizinha paraense também nos ajudou. Segundo os comentarios dos colegas "HUMMM, sabor dúplo!!!"

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011




bem miudunho cuidado
esse jogo de angola é mandingado
esse jogo de angola é mandingado
esse jogo de angola é mandingado

Átila e Micael: aprendendo a respirar




Incrível a rapidez de adaptação na escola. O sacrifício de acordar cedo, rápido se transformou em prazer.
Sua espiritualidade de criança respira aliviada. È como se tudo já estivesse lá, guardadinho, só esperando a oportunidade de se libertar. Ele cresce e eu o acompanho, finalmente olho-a-olho e passo por passo.
A pedagogia Waldorf é um método bem diferente de tudo o que ele já vivenciou em sua vida escolar. Do conteúdo curricular ás práticas cotidianas (rituais). Está sendo necessária uma desaceleração da parte dele. Hora de aprender diferentes valores; seus corriqueiros ¨eu sei¨ estão diluídos no mar de novidades. A imaginação, o desenho e o brincar deram o pulo do gato, expandiram.
A escola é um lugar bastante aprazível e alegre. Lugar de crianças enérgicas e boas gente. Almoçamos lá uma vez na semana uma comidinha natureba e compramos produtos orgânicos com a Íris também. Ah, e nossa meta é conseguir ir de bike três vezes na semana.Um carro a menos!
Fora da escola, ajuda muito com o mano e o ama principalmente. Sorriem.
Brinca de bila (como chama aqui o gude), anda de bike e vai a capoeira de boa. Para nós, o respeito (que está próximo do dar valor) e o escutar estão mais sensíveis, se abrindo aos pouquinhos.
As vezes as paciências se esgotam, mas daqui  a um pouco, retomamos o fôlego e voltamos a aprender a respirar.
Site da Escola Micael http://www.micaelfortaleza.com.br/ 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

TAMO AQUI MACHO! O DIA EM QUE FAREMOS CONTATO.

Olá queridos e queridas,

Entre procuras, instalações e adequações, podemos enfim contar para vocês nossas peripécias por Fortaleza. Terra de gente com bom humor. Onde o sol e o sal imperam por todo o estado. É, dizem que o mar do Ceará é o segundo maior em salinidade no mundo. Só perde por mar morto no Oriente Médio. E o sol, esse é assado, quer dizer, assíduo. Porém, a situação meteorológica na capital é de chuva constante.

 Passado alguns dias apenas, a sensação é de que já estamos por aqui há mais tempo. Deve ser a saudade dos nossos comuns. Vovós, Eda e Socorro, açaí farto, peixe fresco, amigos e familiares, engrossam nossa nostalgia. Mas fiquem despreocupados. Temos um lema que não fará com que fraquejemos: “Tudo pode dar errado, inclusive nada”. Emprestado do estilista Ronaldo Fraga, quando da entrevista para o programa Roda Viva da TV Cultura, alguns dias atrás.

Conseguimos um apartamento no bairro Jardim das Oliveiras. Num dos logradouros que rodeiam o Parque Ecológico do Cocó. Uma área de reserva ambiental, cuja extensão é de aproximadamente 1.155,2 hectares. Depois de tantas idas e vindas, ficar perto da escola do Àtila (15 minutos de bicicleta), e ter que acordar antes das sete da manha foi à opção certa. Na economia do tempo e do espaço, chegamos em menos de quinze minutos de carro até a capoeira angola do Mestre Armando, localizado no bairro do Benfica, centro da cidade. O movimento do berimbau tem feito bem para todos. Até Iberê já parece querer jogar. É o novo mascote do grupo. Não estamos tão perto das praias do centro, como Iracema na Beira Mar, e Praia do Futuro, mas temos acesso rápido pela rodovias estaduais  e federais.O que quer dizer que as praias do leste estão próximas, como Sabiaguaba, Beach Park e Japão.

Em todos os bairros da cidade, inclusive os considerados nobre, tem uma periferiazinha. Achamos legal, afinal é da periferia que se faz o centro. É um verdadeiro mosaico de arranhas céus modernos e casinhas de tijolos crus. Ainda que os prédios sejam altos e muitos e o sol castigue, a brisa do mar sempre se faz presente.
Ainda não cedemos ao sotaque dos cearenses. Um conversar um tanto libidinoso, manhoso. As palavras que começam com a letra v parecem dar lugar à letra r, exemplo: tu vai pra lá macho, soa como, tu “rai” pra lá macho. E o “macho” é força de expressão, costume. O cabra pode estar diante de uma donzela e o seu linguajar continua de “macho”.

Ultrapassar obstáculos e dar alguns passos sozinho são as preferências de inquietude do pequeno Iberê. Calma pessoal, esqueceram de sua bunda avantajada. Pois então é ela quem amortece suas quedas na maioria das vezes. Tudo acompanhado de um bom sorriso. Chamar atenção, dar tchau, bater palmas e fazer provocações também estão no leque de peraltices espontâneas do moleque. Andar na cadeirinha da bicicleta, fazer cocô no pinico (quando dá tempo), e ouvir maha mantra para dormir já são estímulos dos pais.  Houve uma dificuldade de adaptação no inicío, febre, diarréia e sono intranqüilo. Parece já ter se adaptado e curti muito estar em casa. Somamos ao fato de termos feito alguns amigos. Seus olhos continuam brilhando e sua esperteza contagiante. Cajuína tem sido, por enquanto sua descoberta gustativa mais recente e pelo jeito mais gostosa. Quase tudo continua indo pra boca na velocidade da luz. Cuspir, um ato de pura safadeza e grunir um mamã e um papa é o que sai de sua boca, assim como sons estridentes incríveis, já dizia Itamar Assumpção.
O Àtila continua ajudando bastante com Iberê. Ele que também parece estar adaptado a sua nova vida. Acordar cedo, ajudar nos afazeres domésticos e encampar uma luta velada contra a industria automobilística (pedaladas de bicicleta para ir e vir da escola), fazem parte da sua rotina. Como seu entrosamento é fácil, amigos e brincadeiras novas surgiram rápido.

Ju e Kauka, de folga até o começo de março, que é quando começam seus cursos se revezam na administração da família. Rangos bem sucedidos, por enquanto a saudade da comida da  Nazaré é pequena. Temos nos saído bem. Entre peixes com alecrim e galinhas com gengibre vamos despistando a fome em grande estilo.

Por enquanto é só, mas logo postamos novidades.

 Saúde e paz para todos, beijos salgados.